Há poucas coisas tão eficazes como ter obras em casa para perceber quanta coisa desnecessária se possui (suponho que fazer mudanças ou viajar muito tempo sejam outras das experiências que ajudam a perceber isto).
A realidade bruta de que tenho mais coisas do que posso objetivamente usar, que se houvesse uma inundação cá em casa (as obras foram por causa de uma fuga de água), teria dificuldade em perceber quais e onde estavam as coisas que realmente me importavam e das quais realmente teria pena de perder, foi uma enorme wake up call. Porque se uma parte de mim percebe que há coisas que estão a mais e que outras pessoas lhes dariam muito melhor uso, há uma parte que diz “ainda vais precisar disto”, “isto pode dar jeito” e “não quero abdicar disto”, o que torna este desafio realmente difícil.
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