Tive anteriormente a oportunide de expressar como acho que muito de vencer o vício do açúcar tem que ver com o desenvolvimento de estratégias e hábitos alternativos. O açúcar processado é extraordinariamente poderoso e eficaz a fazer uma série de coisas, mas os seus efeitos secundários são frequentemente problemáticos a curto, médio e longo prazo. Aqui ficam mais umas estratégias para ajudar a combater o vício do açúcar.
1. Um compromisso sério
Vai acontecer (por fraqueza ou distração) “recair” nos primeiros tempos. A grande chave do sucesso é quando nos apercebermos, pararmos. Se a atitude for “que se lixe, pedido por cem, perdido por mil”, nunca mais se mudam hábitos. Quando uma pessoa se apercebe tem de parar, ponto final – e este tem de ser um compromisso sério connosco mesmos.
2. Para quem estou a fazer isto?
Existem muitas vantagens em largar o açúcar, nas quais mais notavelmente se incluem o aumento da saúde e muito provavelmente alguma perda de peso. É bom pensar em razões para nós mesmos (viver mais anos, ter mais qualidade de vida até mais tarde na vida, perder peso, roupa antiga a servir, etc.), mas também para os outros (dar um bom exemplo para o meu filho, ter mais tempo para estar com a minha família, etc.).
E vale a pena escrever e revisitar esse papel, especialmente no princípio quando é mais difícil suportar a abstinência de açúcar.
3. Manter as mãos ocupadas
É particularmente dificil manter a sanidade quando tenho de fazer trabalho intelectualmete desafiante sem o apoio de elevadas quantidades de açúcar, porque além de ser um estimulante, o açúcar acalma a minha ansiedade.
De uma forma não muito diferente que uma pessoa na sua cessação tabágica tenta ter o que fazer com as mãos, eu aproveito para aplicar um hidratante ou vários (algo que posso fazer ao mesmo tempo que leio e edito um texto que já não me apetece muito) nas mãos, cotovelos, cara… É uma coisa que me dá algum prazer, mas que sobretudo me deixa com uma tarefa “lateral” e me ajuda a focar na tarefa.

4. Ultralevur, biogaia e outros pré e probióticos
Dependendo de quão rapidamente se faz a transição do consumo para a ausência de açúcar processado, o choque para as bactérias do nosso intestino pode ser maior ou menor. Isto porque o tipo de comida que lhes estamos a dar passa a ser fundamentalmente diferente, o que significa que diferentes bactérias vão ter o que comer e se vão reproduzir. Esta alteração do microbioma pode (e frequentemente é!) associada a um “desarranjo” intestinal que pode ser ajudado com prébióticos comidas como comidas fermentadas, mas também produtos de farmácia como ultralevur, e probióticos como iogurtes, mas também biogaia e outros produtos de farmácia.
5. Meditar e preparar cada dia
Uma das coisas para as quais mais uso o açúcar é para gerir a minha ansiedade e frequentemente dou por mim a usar o açúcar porque não sei bem que fazer em alternativa no momento.
Meditar e preparar cada dia pode indubitavelmente ser uma boa estratégia!
6. Devagar se vai ao longe
Se está a ser muito difícil deixar de todo o açúcar, em vez de abolir completamente ou durante a semana o açúcar, deixar uma janela temporal diária para ele, por exemplo até às 10h da manhã. Qualquer vitória é melhor que nenhuma, e depois de estar a primeira montanha conquistada, passa-se à seguinte, o importante é continuar!
7. Isto não é um sprint, é uma maratona
O objetivo é melhorar os hábitos de vida para sempre. É importante pensar em estratégias é objetvos que sejam desafiantes mas suportáveis e que possam ser mais um degrau num caminho de melhoria contínua. Para isso, vale a pena ir devagar e não regredir, como numa maratona.