Assim, este ano decidi que ia reduzir novamente a quantidade de açúcar que como. Felizmente já tenho experiência nesta missão e já conto com algumas estratégias vencedoras, que deixam um pouco mais tranquila quanto à exequibilidade deste desafio.
Já tinha feito desafios de meses sem açucar e quando engravidei do meu filho tirei mesmo da minha dieta o açúcar refinado durante a gravidez e quase um ano após ele nascer. Mas veio a pandemia e já se sabe, em situação de stress voltamos aos velhos hábitos. Mas a verdade é que além de ter recuperado quase todo o peso que perdera, me sinto com menos energia e vitalidade, tenho a pele mais baça e voltei a ter algumas enxaquecas.

1. Não é um sprint, é uma maratona
A menos que se tenha uma razão muito forte para cortar imediata e radicalmente o açúcar, não vale a pena cortar “à bruta”. O açúcar é uma substância altamente aditiva com efeitos psicológicos mas também fisiológicos e a síndrome de abstinência é real. Lembro-e de ter até tremores, dores de cabeça, de me sentir super deprimida e achar que não conseguia fazer nada quando tirei o açúcar de um dia para o outro na gravidez.
Pessoalmente, como estava novamente muito viciada em açúcar em 2020 comecei por decidir comer açúcar primeiro apenas até à hora de almoço, depois passei para as 11h e agora estou a limitar o consumo de açúcar ao pequeno almoço.
Continua a ser muito difícil, especialmente em momentos de stress, mas o facto de se saber que se vai comer a gulodice que apetece no da seguinte de manhã também ajuda.

2. Ter coisas para comer que não têm açúcar
Duh, Helena. Sei que é evidente, mas ter coisas não têm açúcar disponíveis é fundamental. Tenho sempre à mão, bananas, amêndoas ou outros frutos secos (ajudam IMENSO!), pão, panquecas sem açúcar ou papas de aveia com xarope de tâmara.

3. Pelo menos numa primeira fase não tentar “fazer dieta” quando se tira o açúcar
Vai ser difícil tirar o açúcar e, da minha experiência, dá uma fome do caraças. Mesmo. Como se acaba por tirar uma fonte de grande quantidade de calorias acho que talvez o corpo acabe por tentar compensar de alguma forma essa perda.
No meu caso faz muita diferença a noção de que não se trata de “fazer dieta” mas sim de retirar o açúcar refinado, por isso se eu quiser comer 3 bananas com manteiga de amêndoa é na boa. 3 maçãs? Força. Sumo de laranja natural? Certamente. E pão com manteiga? O que quiser, bem como amêndoas, cenouras, cubos de queijo e o que mais for.
Apesar de isto poder não se refletir numa redução de calorias, uma coisa é certa: de um ponto de vista nutricional é muito mais rico que um pacote de bolachas ou que uma barra de chocolate e acaba por ter mais fibra também, o que significa que nem tudo é absorvido. So, there is that.

4. Os maus sentimentos e más emoções são passageiras. Vão passar mesmo se não se comer açúcar.
Para mim o açúcar também é importante quando me sinto mais triste ou stressada porque ajuda a passar (especialmente na forma de um balde de gelado). Mas a verdade é que as emoções e os sentimentos passam eventualmente, às vezes é preciso é dar tempo!




