Neste mês e meio foquei a parte “espiritual” da saúde. Tive muita dificuldade em pôr-me a meditar e em fazer as outras tarefas que era suposto, mas felizmente descobri algumas técnicas novas que me ajudaram bastante.
Revisitando os hábitos de fevereiro que quis repetir em agosto:
- [fevereiro] refletir diariamente sobre o ikigai / vida espiritual
- [fevereiro] meditação
- [fevereiro] alimentação é sobretudo à base de plantas, com pequenas estratégias para evitar que se coma demasiado (como o hara hachi bu, servir a comida em pratos pequenos, servir na cozinha e depois guardar a comida antes de comer à mesa, etc.)
- [fevereiro] foco nas relações sociais
1. Refletir diariamente sobre o ikigai / vida espiritual
Sentia-me um pouco baralhada durante o mês de agosto e ainda no início do mês de setembro. Queria mudar muitas coisas na minha vida, mas não sabia bem a direção que queria que as coisas tomassem. Sentia-me sem criatividade, sem grande energia, sem particular entusiasmo pelo novo ano, apesar de tudo estar a correr bastante bem (melhor que na generalidade dos outros anos letivos!).
Então comecei pelo aspeto físico das coisas que me rodeiam e voltei a pensar em organizar as minhas coisas; comecei a ler coisas sobre o método KonMari e achei especialmente interessante o conceito de “spark joy”, e comecei a pensar que se calhar a minha estratégia de vida e as minhas opções tinham sido pouco focadas neste conceito nos últimos anos.
À medida que ia refletindo sobre esta questão, tornou-se claro para mim que não sabia como “voltar” a esse ciclo de coisas boas, de criatividade e de me sentir mesmo “eu”.
Aproveitando o facto de a atividade laboral ainda não ter começado em força, fui começando a guardar todos os dias algum tempo para meditar e para fazer uma pequena “oração” matinal daquilo que eu queria que o meu dia fosse, o que queria contribuir nesse dia (algo que é veiculado em muitas culturas).
Não é sem um enorme espanto que percebi que estava “vazia”, que não sabia bem por onde começar, o que queria fazer.
Então comecei a minha busca.
2. Meditação
Esta faceta dos objetivos para fevereiro/agosto foi especialmente difícil de arrancar. Eu sei que me sinto muito bem quando medito.
Lembro-me perfeitamente de fazer o desafio de 30 dias com 20 minutos de meditação e de me sentir muito mais em paz, com imensa energia, com mais compaixão pelos outros e também mais foco… enfim! Lembro-me de achar aquilo a maior maravilha do mundo e arredores e pensar “porque é que não comecei isto mais cedo?? Isto é espetacular!”.
Mais de dois anos depois, andei uma quinzena inteira a adiar iniciar a prática, porque tinha medo, porque não era capaz, porque tinha mesmo de ir fazer outra coisa qualquer e 20 minutos era muito tempo.
Comecei a ler coisas sobre meditação em vez de meditar e descobri a meditação com mantra (que já tinha experimentado em tempos na Casa da Alma), que me ajudou a começar a focar e a aproximar à meditação
Exemplos de sites que explicam a meditação com mantra
- http://www.wikihow.com/Perform-Mantra-Meditation
- http://programminglife.net/mantras-for-meditation/
- http://artof4elements.com/entry/54/om-mani-padme-hum
- https://en.wikipedia.org/wiki/Om_mani_padme_hum
Depois, comecei a usar meditações guiadas de 10 minutos no youtube (redescobri como dez minutos podem ser mesmo muito tempo!). E com isto comecei ter mesmo o hábito de meditar de manhã.
3. Alimentação é sobretudo à base de plantas, com pequenas estratégias para evitar que se coma demasiado (como o hara hachi bu, servir a comida em pratos pequenos, servir na cozinha e depois guardar a comida antes de comer à mesa, etc.)
Borrifei-me um bocado neste ponto, mas acabou por acontecer mais ou menos isto. Quando cozinho para mim costumo fazer comida vegetariana/vegan (se podemos evitar comer animais, why not?) que é por definição muito à base de plantas e normalmente não como na cozinha porque… não tenho espaço! Mas tenho tido um cuidado maior com o empratamento e porque me tem dado mesmo muito gozo cozinhar, sabe-me bem que depois a comida também fique “bonita”.
4. foco nas relações sociais
Agosto é um mês excelente para este ponto, na medida em que sem grandes compromissos e afazeres, acabei por ter oportunidade de estar com grandes amigos (mas não todos os que gostaria!). Em setembro acredito que vou continuar a ter muitas oportunidades de fortalecer os laços que na fase final do doutoramento foram descurados – e isto “spark joy”, muita “joy”!
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