A mãe da Anocas disse esta semana numa aula da minha escola uma frase com que tem trabalhado ultimamente: “A dor é um sinal”.
Na sequência das aulas que eu tenho dado sobre o tema, eu respondi-lhe “claro, aliás a dor é o quinto sinal vital”. Mas não era só disso que a Xana estava a falar.
A dor funciona como um aviso do nosso corpo relativamente a algo que podemos estar a fazer de mal ou a algo que se está a passar connosco. A dor é… um sinal!
Estivemos a falar do quanto a dor pode ser usada como regulação de hábitos e a deteção de situações de saúde precocemente, mas eu confesso que fiquei a matutar na frase e acho que se aplica a outros contextos.
Porque às vezes ignoramos a nossa dor psicológica e replicamos os discursos dos outros nas nossas cabeças “não temos direito de nos sentirmos assim”, “esta opinião é estúpida”, “não devia estar assim”- mas se calhar era mesmo importante termos em consideração as nossas dores físicas, psicológicas, emocionais e todos os outros tipos que nos possa ocorrer para percebermos o que temos de fazer com essas dores.
É o tipo de dor que é para aguentar e aumentar a resistência, como os maratonistas? Ou é o tipo de dor para parar antes de quebrar?
Depois de 2 dias de enxaqueca insuportável em que me permiti não trabalhar e não me sentir culpada por isso, é com este pensamento que vos deixo.
Bom fim de semana!